Cavernas

Aline olhava para o relógio a cada dois minutos, mesmo sabendo que o tempo não passaria magicamente se ela quisesse. Ela estava extremamente ansiosa, como se pode perceber, pois passara o dia todo confinada em casa sem absolutamente nada pra fazer. É claro que passara os últimos dois séculos fazendo isso, mas nunca se sentira tão no tédio como naquele dia. Por isso, esperava como nunca sua adorada noite, para pode sair daquele lugar. Então, quando o céu começou a se tingir de azul escuro, e o sol desapareceu no horizonte, Aline quase saiu dançando pelo quarto. Quase.
Sorrindo, a garota saiu saltitando para o banheiro, tomando um banho rápido e vestindo uma roupa qualquer. Quase correndo para sair de sua quase prisão, a garota saiu pela porta da frente, dizendo um tchau rápido para seu pai. Mas infelizmente, a sorte não estava sorrindo para Aline, já que assim que a garota pisou para fora de casa, começou a chuviscar. A garota constatou que não poderia gritar alto suficiente para expressar sua frustração, e não querendo voltar para casa, ela vasculhou a mente em busca de um lugar em que pudesse ir. Depois de mais ou menos 5 minutos caminhando na chuva fraca, a garota lembrou-se de seu lugar favorito de quando era pequena, antes de se transformar em vampira.
A caverna.
Agora correndo, a garota pegou o caminho da caverna. Depois de 15 minutos de muita dificuldade para achar a caverna, a garota entrou. Agora voltando a sorrir, a garota se sentiu como quando tinha 5 anos. Feliz e imaginando que aquele lugar era mágico. Rindo consigo mesma a garota se sentou numa pequena rocha ali, enquanto seus olhos vagueavam sem rumo pela caverna.